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- Intervenção no Rio de Janeiro impede votação da Reforma da Previdência este ano
Política Institucional O governo atual e o recém-eleito tentam manobras políticas no Congresso mas não discutem dívida de R$ 426 bilhões de empresas O Congresso Nacional está hoje dividido em querer aprovar ainda em 2018 a Reforma da Previdência (PEC 287/2016) ou deixá-la para 2019. Para conseguir passar esta PEC será necessária uma manobra política que revogue ou suspenda temporariamente a intervenção no Rio de Janeiro. A Constituição Federal proíbe a tramitação de matérias que modifiquem a Carta Maior em caso de intervenção em estado brasileiro. A situação é delicada e a conta do rombo na Previdência tem sido colocada no colo dos trabalhadores, mas é preciso ressaltar que a proposta que tramita no Congresso Nacional, bem como seus defensores, têm ignorado os R$ 426 bilhões devidos por empresas ao INSS, valor três vezes o déficit anual calculado pelo governo em 2016. E quem são os maiores devedores? Segundo a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGF) entre as maiores devedoras estão grandes empresas como Bradesco, Caixa, Marfing, JBS e Vale do Rio Doce. Ainda de acordo com informações do site da PGF, 3% das empresas respondem por 63% da dívida da previdência. As empresas grandes, médias e pequenas que ao longo de décadas sonegam o imposto se valem do Refis, que permite de tempos em tempos, a renegociação das dívidas que são pagas inicialmente e depois as parcelas voltam a ser devidas e o rombo vai crescendo. Segundo dados do site do Ministério da Previdência o rombo nas contas bateu novo recorde em 2018, de janeiro a setembro soma R$ 155,1 bilhões e já é 6% maior que o de 2017. Avaliando estes números, a pergunta que não quer calar é: se a maior parte do rombo da previdência é dos empresários que não pagam o imposto devido, uma vez que a parcela do trabalhador é retirada automaticamente no contracheque (estamos falando daqueles que têm carteira de trabalho assinada), porque o Governo Federal não cobra esta conta? As alegações vão desde a burocracia para cobrar, mesmo que judicialmente, a lentidão da Justiça, até a perda de postos de trabalho porque fariam algumas destas empresas beirar a falência. Mas elas não estão se beneficiando da sonegação? Segundo analistas do próprio Ministério da Previdência, 60% dos R$ 426 bilhões devidos pelas empresas nunca chegue aos cofres públicos porque seriam empresas falidas, em processo de falência, tradicionais sonegadoras ou laranjas. E somente R$ 10,3 bilhões, ou seja, apenas 4% têm maior chance de voltar aos cofres da Previdência segundo estudo da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional divulgado em março de 2016. Apesar da pressa do atual Governo e do recém-eleito presidente Jair Bolsonaro em aprovar a Reforma da Previdência (PEC 287/2016), que já passou por alterações em alguns pontos da proposta original, não será fácil levar adiante a votação em 2018. O presidente do Senado Federal, senador Eunício Oliveira (MDB/CE) e o líder da Minoria, senador Humberto Costa (PT/PE), esclareceram na quarta-feira, dia 31 de outubro, que por se tratar de uma proposta de emenda constitucional, a tramitação fica impedida pela intervenção no Rio de Janeiro. A votação da Reforma da Previdência segue paralisada na Câmara. O governo eleito discorda em vários pontos fundamentais da atual proposta que está no Congresso e uma delas é a idade mínima como modelo previdenciário. Veja abaixo os principais pontos polêmicos da proposta do Governo de Michel Temer: · Idade mínima para aposentadoria Hoje tem duas possibilidades: Por idade (60 anos para mulheres e 65 para homens, com ao menos 15 anos de contribuição ao INSS). Ou por tempo de contribuição (30 anos para mulheres e 35 para homens, sem idade mínima). O que o texto propõe uma única forma de aposentadoria: Idade mínima passaria a ser de 62 anos para as mulheres e continuaria em 65 anos para os homens. Para ambos, o tempo mínimo de contribuição seria de 15 anos. · Transição para quem está perto de se aposentar Para mulheres a partir de 45 anos e homens a partir de 50 anos: a idade mínima para se aposentar na regra de transição seria de 53 anos para mulheres e de 55 para homens. Essa idade mínima subiria aos poucos até chegar a 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens). Na prática, quem está nessa regra de transição consegue se aposentar mais cedo do que quem não se enquadra. No entanto, passa a existir uma espécie de “pedágio”. Quem se aposentar antes de completar o tempo determinado de contribuição terá acrescido 30%, ou seja, se faltam 5 anos para se aposentar e não completou o tempo mínimo de contribuição, o trabalhador terá que trabalhar mais um ano e meio. No total neste exemplo, pelas regras de transição, o trabalhador terá que trabalhar 6 anos e meio. A regra vale para homens e mulheres. Para quem já tem condições de se aposentar nada muda, segundo a proposta. · Aposentadoria integral Este é outro ponto complicado. Hoje para receber a aposentaria integral (100% da média salarial) é preciso se enquadrar na regra 85/95. O cálculo é feito em cima da média dos 80% maiores salários desde 1994. A Reforma que está no Congresso extingue a regra 85/95 e o fator previdenciário e fica mais difícil aposentar com valor integral e ainda o reduz com as modificações de cálculo que passa a ser não mais sobre os 80% maiores salários de 1994, mas todos os salários recebidos ao longo de toda a carreira. Para ter aposentadoria integral serão necessários 40 anos de contribuição para o INSS. Após os 15 anos de contribuição, o trabalhador teria direito a 60% do valor da aposentadoria. · Aposentadoria dos servidores Hoje os servidores públicos federais, por exemplo, é preciso que as mulheres tenham, no mínimo, 55 anos de idade e 30 anos de contribuição para se aposentar, enquanto os homens devem ter ao menos 60 anos de idade e 35 anos de contribuição. Como fica com a reforma: Idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens, com pelo menos 25 anos de contribuição. Após a reforma entrar em vigor, estados e municípios teriam seis meses para definir as próprias regras para aposentadoria. Para aqueles que não fizerem isso, os servidores passariam a seguir as mesmas regras federais. · Pensões Hoje, uma pessoa pode acumular pensão por morte e aposentadoria. A pensão é 100% do valor da aposentadoria que o morto recebia ou a que teria direito se fosse aposentado por invalidez. Como fica com a Reforma: O acúmulo de pensão e aposentadoria apenas se o valor total for menor do que dois salários mínimos. Quem tem direito a mais do que isso terá de escolher o que tem o maior valor (aposentadoria ou pensão). Segundo o site Senado Notícias, a equipe do governo eleito quer a aprovação da Reforma da Previdência ainda este ano e já negocia com o presidente Michel Temer para aprovar pelo menos alguns pontos considerados mais importantes do texto que tramita no Congresso. No entanto, vale lembrar que tudo depende de revogar ou suspender temporariamente a intervenção no Rio de Janeiro. “A intenção por parte da oposição é de não aceitar de forma alguma que temas como reforma da previdência, cessão onerosa do pré-sal, venham ser discutidos e votados este ano. Nós tivemos uma eleição, houve uma mudança profunda da composição política profunda dentro do Senado Federal e nós estaríamos usurpando o próprio direito daqueles que foram eleitos de definirem esta questão”, disse o senador Humberto Costa (PT/PE), líder da Bancada das Minorias.
- A notícia mais triste da semana
Marielle Franco (PSOL) foi morta porque lutava contra o abuso de autoridade por parte da Polícia Militar
- Sexo y Revolución
Cinema Festival “É Tudo Verdade” traz filme argentino que narra a resistência LGBT anticapitalista na década de 1970 Foto: Arquivo Hasenberg-Quaretti - Facultad de Filosofía y Letras de la UBA. “A democracia verdadeira e a liberdade baseadas na consciência e responsabilidade estão também condenadas a permanecer como uma ilusão, até que essa exigência seja satisfeita. Uma sujeição sem remédio às condições sociais caóticas continuará a caracterizar a existência humana. Prevalecerá a destruição da vida pela educação coerciva e pela guerra” – afirma o psicanalista austríaco Wilhelm Reich, no livro “A Função do Orgasmo” (1975). Somos escravos dos sentidos. Portanto, para manter as pessoas na lógica sufocante da servidão é necessário controlar os impulsos sexuais, classificando o sexo somente como função reprodutiva. Tal comportamento apaga, propositalmente, a memória humana de que o sexo é a exploração corporal dos sentidos. Já o patriarcado mantém papel fundamental na manutenção da subserviência humana, pois ao retirar o direito a liberdade sexual é necessário conduzir os estímulos corporais (que são comprovadamente naturais em qualquer corpo humano) para outro comportamento que não o próprio sexo. A lógica é realmente cruel, ao retirar tais estímulos do sexo, o patriarcado capitalista os realoca na produção de mais valia. Ou seja: o corpo é feito para o trabalho e não para o prazer. Tais ideais são a base fundamental na construção conceitual das famílias cristãs contemporâneas. Por tal motivo, lésbicas, gays, transexuais e travestis, bissexuais e outras identidades de gênero e sexuais eram vistas como degenerativas pela sociedade argentina na década de 1960. O documentário “Sexo y revolución”, dirigido por Ernesto Ardito, conta a história do movimento gay anticapitalista na Argentina antes, durante e após a ditadura. Um filme doloroso, confesso, pois a realidade é muito dura com a comunidade LGBTQIA+. O longa-metragem conta com entrevistas potentes e sensíveis, já que os próprios ativistas da Frente de Liberación Homosexual (FLH) narram em primeira pessoa os horrores que sofreram durante a ditadura do general Jorge Rafael Videla (1976-1983). A triste realidade de nossos vizinhos é que a LGBTfobia já era extremamente violenta muito antes de ser institucionalizada. O interessante desse filme é justamente narrar a história do movimento LGBT na Argentina pela perspectiva de personagens que acreditam não existir luta pela liberdade sem anticapitalismo, anti-imperialismo e anti-patriarcal. Gostaria de frisar que qualquer semelhança não é mera coincidência. Na Argentina, muitos gays preferiam lutar pelo bem-estar social do que pela liberdade sexual, afinal, a própria esquerda argentina considerava a homossexualidade um desvio de conduta burguesa, um crime contra a revolução. Enquanto isso, a famosa FLH soltava manifestos conscientes de que a revolução não poderia deixar de lado o fim da exploração contra a mulher, os gays e todos aqueles oprimidos pelo sistema patriarcal capitalista. Eles acreditavam na revolução, mas a própria revolução não os aceitava. A situação era extremamente tensa, já que o Terrorismo de Estado instalado durante a ditadura argentina perseguia todo e qualquer tipo de pessoa que aparentasse ser LGBT. Exista um endosso social pela cultura do extermínio. Segundo o pesquisador Jinking Sader, existiram pelo menos 364 campos de concentração e centros clandestinos de detenção e extermínio, os quais funcionavam em instalações públicas ou privadas, quartéis, unidades penitenciárias e até escolas, onde as pessoas eram mantidas sequestradas por razões políticas, em sua grande maioria sem qualquer relação com a luta armada. O filme narra em detalhes as atrocidades que eram recorrentes à época, tais como lobotomia, internação em manicômios, terapia de choque e repulsa sexual, torturas por parte do estado, além de vários assassinatos. Porém, o diretor argentino Ernesto Ardito consolida uma narrativa somente com homens brancos gays. Embora seja essencial o resgate da trajetória dos companheiros, há de se questionar aonde estavam os grupos de lésbicas, transexuais e travestis. Tal apagamento é também fruto do patriarcado. Porém, o documentário traz reflexões de extrema importância para as lutas atuais: o movimento LGBTQIA+ precisa se unir à luta anticapitalista. Não existe revolução sem liberdade sexual e de gênero. Se a história de nossos vizinhos argentinos é tenebrosa, precisamos lembrar que o Brasil é atualmente o país que mais mata pessoas trans no mundo. Vivemos um genocídio e nós pessoas LGBTs precisamos nos unir em uma luta ampla e irrestrita pela liberdade dos povos. “Sexo y revolución” Onde: Festival É Tudo Verdade – mostra Foco Latino-Americano Direção: Ernesto Ardito Disponível até o dia 18 de abril Link: "sexo y revolución"
- A notícia mais triste de Goiás
Setor Colinas de Homero, em Aparecida de Goiânia, quando três homens armados que se diziam policiais militares
- "E por acaso shopping sabe de educação?"
José Eliton e o deputado Tyrone Di Martino eles pediram para que o colégio estadual Lyceu fosse militarizado No documento, que viralizou na internet, se justificava a militarização para que assim o centro fosse disfunção do documento, "que explicita conteúdos ofensivos, preconceituosos e desrespeitosos, utilizando a militarização Os alunos não irão se calar pura e simplesmente pelo poder do capital, e muito menos por escolas militares
- A inconstitucionalidade da intervenção federal no Rio de Janeiro
Primeiramente, o cargo de interventor tem caráter militar (conforme o parágrafo único do artigo 1º, contido no próprio Decreto), ou seja, é relacionado ao exercício das Forças Armadas, inclusive à Justiça Militar O decreto dispõe que a intervenção se limitará à segurança pública, e assim o governador Luiz Fernando que o cargo de interventor é de natureza militar, mas a intervenção federal descrita no artigo 21, inciso Os militares parecem ter esquecido de procurar a lei antes de praticar tais atos, que ferem a dignidade
- Ilegal: uma máquina de triturar gente
Ao contrário dos desaparecidos da ditadura militar no Brasil, hoje temos uma forma jurídica a legitimar por conta de seu desaparecimento, desde o dia 14 de julho de 2013, após ter sido detido por policiais militares A verdadeira realidade funciona como um tribunal de toga máximo, a polícia militar determina nas ruas
- Ato pela Democracia reúne milhares de pessoas no Centro de Goiânia
O ato reuniu neste sábado, dia 20, milhares de pessoas de diferentes partidos, crenças, raças, de direita Palco de manifestações pela democracia, como o Diretas Já, desta vez foi o medo da volta de um regime militar e autoritário que reuniu milhares de pessoas na Praça Cívica.
- 50 anos de março de 1968
democracia, não se enganem, as pessoas não sabiam (e algumas até hoje não sabem) que viviam em uma ditadura militar No dia 19 de fevereiro o comandante do Exército, general Villas Bôas diz que os militares precisam de 28 de fevereiro Marielle tinha sido nomeada relatora da comissão que iria acompanhar a intervenção militar os congressos e assembléias, trocam os representantes de cargos públicos por marionetes da estrutura militar Só espero que o povo resista às mudanças impostas por uma intervenção militar.
