JM
Como nossos pais
Acorda cedo, trabalho às 7hs, levar os filhos pra escola, andar em círculos pra ter o que colocar de comida na mesa, beber uma cerveja pra descontrair. A vida é feita de movimento, no campo ou na cidade, vivemos em coletividade e quem administra esse espaço é o governo.
A sociedade é como uma cebola do poder, com o núcleo sendo o indivíduo e a cebola o próprio planeta. Porém, como se dá a administração da coletividade não é o que queremos colocar em discussão neste texto, mas como nosso dia a dia e a qualidade de vida que temos está nas mãos de um sistema falido pela corrupção.
Com o sistema capitalista e o trabalho como forma primária da sobrevivência, ao mesmo tempo em que o lucro é a fonte para a evolução da sociedade, percebemos que nosso dia a dia anda com o fluxo do individualismo. Os donos do poder, de fato, não buscam a qualidade de vida do povo, muito pelo contrário, usa-se a mobilidade como forma de escravidão coletiva.
A precariedade da infraestrutura do nosso país não é somente falta de planejamento: acima de tudo é uma consequência básica do próprio capitalismo. As coisas não são feitas para funcionar decentemente para o pobre, nem pro rico, nem pra ninguém. Praticidade não é o que gira a economia, é o lucro e, é claro, nada se lucra quando tudo funciona.
A partir deste pensamento vemos padrões que estão ligados ao nosso dia a dia: a falta de saneamento básico e a ligação com a poluição das águas doces, ônibus lotado e cada vez mais carros de luxo na rua com apenas 1 pessoa, a miséria e a má qualidade dos alimentos que consumimos.. É uma lista praticamente infinita e minuciosa de coisas que simplesmente não funcionam pelo simples fato de que não se teria lucro com sua perfeita e sustentável funcionalidade.
Mas ai eu te pergunto: foda-se, certo? Certo. Eu quero é água tratada na torneira da pia de casa, comida sem agrotóxico, pegar um ônibus decente ou poder andar de bike sem morrer, quero é andar na rua e ver árvores. Quero isso pra todo mundo, porque é um direito humano, e foda-se o capitalismo e seu lucro.
A luta é por um direito básico de qualquer ser humano na terra: qualidade de vida. Porque sabemos que é possível e vamos cobrar pois é um direito coletivo.