JM
Humanidade da Droga ou Droga da Humanidade?

Hoje em dia, a maconha consumida nas cidades brasileiras vem do Paraguay, às toneladas. Só nos primeiros seis meses de 2017 a polícia apreendeu 126 toneladas de maconha, grande parte passa pela fronteira do Mato Grosso com o centro norte do Paraguay.
A Agência Pública de jornalismo investigativo, por meio do Concurso Microbolsas Maconha, realizou uma reportagem da realidade na “fronteira” de produção, uma zona de exceção, onde o transporte do comércio ilegal de maconha começa e o trabalho de milhares de cultivadores termina.
Matias Maxx fotógrafa, relata sua passagem por Ponta Porã, no Brasil, e Juan Pablo Caballero, no Paraguay. As informações que traz a reportagem surpreendem por documentarem o cotidiano de um comércio rigorosamente equivalente ao de qualquer outro tipo de mercadoria, industrializada em seu cultivo.
Segundo as autoridades do país, citado por Matias, a estimativa da extensão desses cultivos proibidos é de seis à sete mil hectares de terras em solo paraguaio. Uma imensa zona de produção ilegal é mantida invisível pela mágica corrupção estrutural da polícia local e brasileira.
Grande parte do capital deste comércio termina concentrado nos intermediários que tomam o risco do transporte e, se tem sucesso, são beneficiados por um sistema de preços superfaturados do “mercado paralelo”.
As pontas também correm muitos riscos, mas só se fragilizam com a proibição: seja o cultivador paraguayo em péssimas condições de trabalho, seja o varejista em qualquer parte do Brasil com a repressão à espreita.
Segue a baixo o link da reportagam de Matias Maxx:
http://apublica.org/2017/08/destrinchando-a-maconha-paraguaia/