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  • Júlia Lee

Sol de um começo embananado


Foto: Mídia Ninja

8 de maio dos 20 anos do Bananada, chega na Césio Town um line up de mulheres fodarasticas que invadiram o Cafofo Estúdio, e ainda estamos em uma terça ressaquiada de um show à lá lisergia brasiliense. Quiçá a jornalista que vos fala chegou cedo demais no ambiente onde o neo-hippie foi abduzido e se transformou no pequeno burguês alternativo - ou, o famoso hipster. Parece intenso o passar da noite, pelo menos temos a vibe de acolhimento dos adesivos neons no ambiente de descanso. "Permitido: compartilhar amor e ser educado com as pessoas", dizia a placa.


Já durante o dia ensolarado aconteceu - coincidentemente ou não - a oficina no Coletivo Centopéia paralela ao festival, trazendo manas de São Paulo e Rio de Janeiro para ajudar as mulheres que querem trampar com som e produção de palco na terra do pequi. O motivo? Ué, assim como o mercado stoner ocupado pelas manas da Sixkicks, esse aspecto é majoritariamente masculino, e a necessidade de inclusão trouxe a experiência de 3 dias de oficina.


"A gente às vezes sente que tá na contramão de todos os sons que estão rolando agora" explica Majorie Facchini, guitarrista da Sixkicks.


Cora! Ou corra para o abismo pois chega a banda que se teletransportou de um sul com pitada de um país múltiplo, as vibrações vem do sintetizadores na estética new wave, piscam as luzes para o trovoar das nuvens negras de curitiba. "Não Não-Eu" entrega um som que não é comum à consciência captada pela matéria, quiçá a referência venha da ancestralidade de uma suculenta realidade a se tornar.


O Bananada parece ter pintado realmente a cidade de amarelo.




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