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  • Rosângela Aguiar

Público teve a oportunidade de rever seis filmes vencedores de diferentes edições do FICA


Diversidade de temas e discussões ambientais transformaram a Cidade de Goiás nos últimos 20 anos. E ao longo destas duas décadas, o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) cresceu, evoluiu, deixou legados, se transformou. E nesta edição, para comemorar estes 20 anos de festival, uma exposição e uma mostra de filmes vencedores da mostra competitiva. “Não foi fácil escolher e dentro de cada gênero e linguagens diferentes tentei contemplar toda esta diversidade”, desabafa o curador da mostra “FICA 20 anos: A força de um legado”, Pedro Novaes.


Ao longo destes 20 anos foram exibidos mais de 200 filmes de 50 países, entre curtas, longas, documentários e animação. Foram exibidos nos dias 6, 7 e 8 de junho três longas metragens, três curtas, uma animação e um filme goiano. “Claro que o vencedor da primeira edição não poderia ficar de fora, que foi Recife de dentro pra fora, da cineasta pernambucana Kátia Mezel”, explicou Novaes.


Foram apenas três dias de exibição. A prioridade foi os filmes brasileiros e para fazer jus a parceria com o CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, em Seia, Portugal, um dos longas exibidos foi Ainda há pastores, do português Jorge Pelicano vencedor do Grande Prêmio Cora Coralina em 2007. Corumbaíba, de Vincent Carelli, documentário brasileiro, foi o terceiro vencedor em 2009 do Grande Prêmio Cora Coralina que pode ser revisto nesta edição do FICA.


Recife Frio, uma ficção de Kléber Mendonça Filho, vencedor do Troféu Acari Passos em 2010 foi o escolhido para ser revisto na mostra na categoria de melhor curta metragem. O representante do Troféu Carmo Bernardes de Melhor Longa, a animação O menino e o Mundo, de Alê Abreu, vencedor na categoria em 2014 e Rapsódia do Absurdo, documentário de Cláudia Nunes, representante goiana foram os outros filmes presentes na mostra.


Em 20 anos de festival foram exibidos mais de 200 filmes entre curtas, longas, ficção, documentário e animação de 50 países. “Eu tive que selecionar apenas seis horas de filmes para serem exibidos em três noites e dando preferência para os filmes brasileiros. Foi difícil, mas valeu a pena. Acho que conseguimos uma boa representatividade”, comentou Pedro Novaes.


Como realizador, Pedro Novaes reconhece as dificuldades do poder público em organizar um evento do tamanho do FICA, e de ser positivo para quem trabalha na área de cinema e meio ambiente no país, por que fomenta a realização do audiovisual. No entanto ele também faz críticas relacionadas ao trabalho de continuidade do FICA. “Deveria se pensar um esquema de ao final do festival já começar a pensar o próximo de forma contínua, em especial em relação á curadoria e não esperar meses depois para pensar a próxima edição”, criticou Novaes. Mas festeja a realização do FICA por proporcionar a troca de informações, ideias, de poder conhecer pessoas, pelos projetos que surgem destes contatos no festival e por fortalecer o cinema goiano com as mostras e outras ações.

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