- Júlia Lee
Transformando e despedindo
Doce Viagem

Fotoreportagem em parceria com a Mariana Ferrari sobre um grupo de rap paulistano chamado Disgraça
Foto: Júlia Lee
As verdades corrosivas da realidade distópica que é a ânsia de viver. Do que seria do homem civilizado sem a falta de existência? Quiçá um perturbado, louco e vagabundo.
Vejo paralelas peças se movendo em luz de um caminho sem volta. Somos as vozes de nossa geração. Afinal, o revolucionário se alimenta da crise existencial que cotidianamente é desencadeada pela consciência aflorada.
O que será de mim pobre mortal, após a ansiedade do novo? Já não lido com as dores nas ruas proibidas, não sei como deveria me sentir. Apenas vivo e existo.
Existo, logo penso? Quiçá não percebemos o sentido do real, afinal se o tempo é relativo, cada ser existe em um mundo mental paralelo que se funde com a sociedade que não tenta ser coletiva. Seria os humanos um conjunto de células estrelas que se complementam em um?
Qual o limite da angustia que infiltra amarguradamente nas entranhas sociais? Será a perturbação um protótipo mortífero de tortura?
Quiçá, caros amigos, seja a própria lucidez se esvaindo pela consciência da realidade.