- Júlia Lee
São Paulo, 2019.
Doce Viagem

Percebo as realidades que se cruzam pelo olhar despercebido dos humanos. Sabemos como a inexpressão é consumida entre os famintos d'alma, proletariados da energia do capitalismo.
Perco a observação de mim mesma ante a sensação de uma realidade coletivamente esquizofrênica.
Ao mesmo tempo as culturas se integram em pequenas resistências pelas ruas mortas das cidades. Engole-se o pretérito e se descobre como ser multidimensional.
Contectem-se aqueles que ouvem o sopro do respirar humano. Somos comunicadores de consciência, quiçá somente células integradas.