Lee Aguiar
Aos incompreendidos
Doce Viagem

Foto tirada dentro da Ocupaçã e Projeto Cultural Bejamin Filho, centro - Rio de Janeiro. 16.01.21 - Foto: J.Lee
Aos mundos que me criam no abismo do agora, a cada desconforto nesse corpo estranho que habito.
Escrevo-te uma onomatopéia, para que lembre os relances do acaso.
Deixo a casa para você sentir a vista que também constitui os mares.
Habitamos nossa consciência com tantos fragmentos excludentes de uma perspectiva ampla e horizontal da realidade, que somos pegos de suspiro quando nos deparamos com o mundo: tão profundo e feroz.
Mudar é reconstituir os parâmetros para sua medição de real, perceba-te! Olhe em sua volta, o que você vê? Quem é você nesse reflexo? Como você chegou até aí?
Tudo que não encontrar em si, procure ao redor. Você verá o mundo que lhe habita, e saberá o que falta para encontrar uma liberdade igualitária.
É um exercício diário, tal como piscar os olhos para o silêncio que nos habita.