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  • Foto do escritorJúlia Aguiar

E Bolsonaro, apoia quem?

Política

Tensão aumenta nas eleições para a presidência da Câmara e Senado, Bolsonaro aparenta seguir os conselhos de Temer. Mas a pergunta que não quer calar é: e o impeachment?

Vídeo da campanha #JMContraACensura escancara alinhamento ideológico entre o STF e o Bolsonarismo.


“O que acontece com o Brasil caso sejam eleitos para presidência da Câmara e do Senado dois cachorrinhos do Bolsonaro?”, indaga militante anarquista anônima na rede Twitter. Por enquanto a bolha esquerdista e autônoma ainda não angariou o debate sobre os rumos da política institucional – ainda – mas quiçá, com a aproximação das votações (que é dia 2 de fevereiro) a pressão da internet consiga mudar os rumos acirrados da luta contra o bolsonarismo.


Candidato da auto-intitulada “Frente Ampla pela Democracia” a presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP) é apelidado de “Temer 5.0” por colegas de partido, ao mesmo tempo que é indicado como “elite, alto clero” pela base bolsonarista. Com apoio do PT, PSOL, PDT, Rede e PCdoB, Baleia é considerado um candidato “defensor da democracia”. Rossi afirmou que a “Câmara dos Deputados precisa ser independente”, em artigo publicado no O Globo no último domingo (10).


É curioso observar a animação democrática de Rossi apesar da - como publicado na última quinta-feira (7) no Jornal Metamorfose - ligação de Michel Temer para Bolsonaro afirmando que ele (Baleia Rossi) não seria oposição ao governo, caso seja eleito presidente.


Já no Senado, os 6 parlamentares do PT – considerada a maior bancada da “oposição” - decidiram por unanimidade apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência da casa. A pressão esquenta com a chegada da votação, no último sábado (9) o ministro Dias Toffoli derrubou liminar do ministro Marco Aurélio Mello, que solicitava mudança no código de votação para a presidência do Senado.


Mello pretendia acabar com o sigilo na votação, em resposta Toffoli afirmou que “os votos fechados preservam os senadores de qualquer influência externa, especialmente interferências entre poderes”.


Além do apoio de Jair Bolsonaro (sem partido), na última sexta-feira (8) Rodrigo Pacheco também conquistou o apoio oficial da bancada do Republicanos, partido de Flávio Bolsonaro (RJ) que é o filho mais velho do presidente.


Em nota o Partido dos Trabalhadores (PT) afirmou que: “Os compromissos apresentados ao candidato Rodrigo Pacheco (DEM-MG) têm o sentido de enfrentar a agenda de retrocessos pautada pelo governo de extrema-direita no campo dos direitos humanos e dos direitos constitucionais, e em defesa do estado democrático de direito e da soberania nacional”.


Segundo a coluna Painel, o partido articulou com Pacheco a continuação da sigla na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Além de ganhar a Comissão de Meio Ambiente em troca do apoio ao candidato de Alcolumbre (DEM-AP).


Mas afinal, quem é Rodrigo Pacheco? Alguns dizem que ele representa o suco do neoliberalismo: votou a favor do impeachment de Dilma, da PEC do Teto dos Gastos e da Reforma Trabalhista em seu desserviço como deputado federal. Além de ter articulado para que as denúncias por crime de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de justiça ao ex-presidente Michel Temer fossem arquivadas pela Procuradoria-Geral da República.


Como diria o samba: "Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come".

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