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  • Foto do escritorIkaro MaXx

Espetáculo neoliberal da “militância” virtual

Provokeativa

Em parceria com a editora independente Provokeativa lançamos a coluna de autoria do poeta e filósofo Ikaro MaXx, confira o primeiro artigo


"Que decepção! Traidor, mudou de lado! Corrompido, mentiroso, seu sorriso engarrafado." Ao se ler tais palavras temos a imediata impressão de estarmos lendo alguma caixa de comentários em sites da internet, certo?


Tem quem não se lembre, mas, em 2013 o brilhante cantor e compositor baiano, o tropicalista internacionalmente aclamado Tom Zé, foi vítima de um linchamento virtual após ter topado fazer uma locução num comercial da Coca-Cola antes do período da Copa do Mundo no Brasil.

O incidente inspirou Tom Zé a gravar e lançar um EP de título "Tribunal do Feicebuqui", de onde extraí a citação que abriu esse post.


Não se tinha muito noção disso - talvez esse termo não fosse usado naquele momento e época específica -, mas já estávamos vivendo uma nova etapa da sociologia midiática e da história "humana" dos algoritmos chamada "Cultura do Cancelamento".


Pode-se questionar a escolha do Tom Zé de ter aceito fazer tal trabalho? É claro. Não existe nenhum feito humano - ou mesmo divino - que não possa ser posto em questão, em dúvida. A questão não é essa.


O que a internet faz é mobilizar um verdadeiro tsunami de ódio com um dilúvio de dados e mensagens produzidas que torna difícil a quem entra descobrir o que, de fato, ocorreu, porquê e tudo o mais. O que torna o ambiente das redes sociais um ambiente plenamente tóxico, perigoso, tomado por discursos de ódio, ressentimentos e fobias, preconceitos e tudo o que de pior o ser humano pôde produzir afim de prejudicar algo ou alguém.


(Claro, também existe o contrário disso, que são sites como o Razões para acreditar, mas não é esse nosso foco aqui).


É muito desproporcional o que pode acontecer quando um fenômeno desse sai da "rede" para a vida cotidiana. O que não demora, em muitos casos, a acontecer. Geralmente produzindo catástrofes e situações bizarramente "arcaicas" (para não dizer medievas, mesmo) como "apedrejamentos", "amarrar pessoas em postes", "espancamentos" e até mesmo assassinato por conta da tal "justiça feita com as próprias mãos". E quando um grupo começa a fazer, o efeito de manada tende a levar mais pessoas a fazê-lo, repeti-lo, mesmo que sem saber o porquê estejam fazendo aquilo. Pois, se uma coletividade toda - ou parte dela - está fazendo tal coisa é porque deve ser algo bom e legítimo, certo? Só que não...


Pois, como dizem, "a voz do povo é a voz de Deus". Mas, há sempre alguém (ou um grupo) "por trás" dessa voz de Deus... não somos ingênuos. O incrível é que essas pessoas não costumam se perguntar isso.


Quanto ao "cancelamento" isso já acontecia muito nos idos de 2013, como vimos. No entanto, essa tal cultura veio a tomar espaço de protagonismo e mobilização nas redes sociais na esteira de outros que tinham um ar mais nobre e focado em quebrar certas hipocrisias, privilégios e proteções como o #MeToo. O que tem seu lado muito positivo, é claro. E ainda a luta não chegou a seu fim.


Em 2021, em um período extremamente delicado de pandemia, de pessoas morrendo em hospitais, asfixiadas sem balão de oxigênio, morrendo de fome, em situação de rua, desempregadas e sem Auxílio Emergencial, vemos novamente o fenômeno dos linchamentos virtuais e "cancelamentos" a todo vigor.


Mas, claro, não de um modo sadio e com aproveitamento político - boa parte, "fogo amigo". É esse, em verdade, um dos principais pontos desse texto. Muito pelo contrário - o cancelamento tem se tornado cada vez mais um ato de "justiça" solitário e irresponsável perpetrado por pseudo-justiceiros de sofá, mimados que se julgam a bússola moral da humanidade do século XXI. O que temos presenciado nas redes sociais a respeito do programa de "reality show" (um conceito conveniente para expor a própria miséria humana na tela com personagens tão banais quanto você e sua família) Big Brother Brasil nos oferece o espetáculo desse grau de enfurecimento coletivo e narcísico do que estamos atravessando.


Contudo, o que se passa ao largo de toda essa inflação de pauta a respeito de um mero programa de TV cria a "distração" perfeita para, como disse o "Sinistro" do Meio Ambiente Ricardo Salles naquela fatídica reunião de 22 de abril de 2020, se "passar a boiada".


A mais recente das "boiadas" a passar foi a eleição em primeiro turno do deputado Arthur Lira (PP), aliado de Jair Bolsonaro, para assumir o lugar do antigo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (MDB) que estava sentado em cima dos 60 pedidos de Impeachment de Bolsonaro. Tudo isso logo após o próprio Bolsonaro liberar verbas para o Centrão para emendas parlamentares, fazendo o que ele disse que nunca faria, o tal "toma lá dá cá". Com isso, conseguiu a blindagem que queria para continuar no cargo. "Cancelou" o seu Impeachment.


Onde estava a tão dita "esquerda" nesse momento? Com os olhinhos presos no BBB, assistindo aquela produção ostensiva de desconforto mascarada sob discursos de "militância", de "politicamente correto", "empoderamento" e etc. E, claro, produzindo "textão" nas redes sociais.(Não quero aqui soar irônico, pois sei que alguns desses termos e conceitos são realmente importantes).

Participante Lumena do #BBB21 aponta o dedo para sister. Foto: Reprodução


Parece que o produtor Boni teve "visão" ao incorporar os temas "atuais" que mexem com o desassossego das pessoas que se sentiam invisibilizadas antes da existência da internet e da invenção das redes sociais. Eles - Boni e os produtores da Globo - conseguiram "engatilhar" a favor da sua audiência toda uma parcela militante que adora reclamar e se posicionar nas redes! (O que mobiliza algoritmos e views para o seu programa, assinantes para a plataforma de streaming GloboPlay e outras formas mais atuais de capitalização).


Além disso, a estratégia de elencar este "casting negro" específico serviu bem ao propósito de esvaziar o sentido social fundamental das militâncias, expor o nervo da problemática da neoliberalização que já domina na esquerda narcísica - e prepotente, convenhamos - e promover no público a repulsa e acomodação diante do esquartejamento tóxico que se tornou a convivência naquele ambiente. Toxicidade perpetrada justamente por tais pessoas que estão sendo vistas - e vendidas ao público - como "ativistas".


O neoliberalismo tem essa capacidade mutável de criar uma ilusão, uma falsa representatividade, e assim criar uma imagem de que o sistema é bonzinho, inclusivo e etc. E que isso é algo de mérito individual - "se você for um negro bonzinho, poderá ser cliente de nosso banco", etc - que não tem nada a ver como o coletivo ou a sociedade, mas somente com você mesmo.


E faturando bilhões com esse odioso espetáculo de humilhação, tortura psicológica, desfile de preconceitos (xenofobia, bifobia, psicofobia), expondo a postura soberba e autoritária de gente que nunca lidou de fato com uma militância a nível de base e de construção histórica, mas que surfa no algoritmo das pautas identitárias "empoderadas". No mundo dos discursos, posturas desabusadas, violência psicológica e dos dedos apontados na cara, a boa práxis parece ter levado a pior e evaporado junto com o bom senso. E aquele que acusa pratica o que está acusando.


Há algo de muito errado quando o "lacre" ganha maior destaque e gera mais impacto social do que o bom debate de argumentação racional e a boa e velha apresentação dos fatos. O lacrador tem muito mais de "pombo enxadrista" do que o bom argonauta dialético, o navegador que se abre ao diálogo pelo pleno exercício da escuta e da fala. E como a escuta faz falta! Quem chega já querendo impor a razão já a perdeu. E tem uma imagem rodando a internet de uma participante vindo do outro lado do ambiente com o dedo apontado para acusar um de seus desafetos.


E, também, a seletividade da "militância" de alguns dentro de um "jogo" que busca ser reflexo da "realidade" aqui fora, coloca vários pontos cegos pelos quais irrompe o "espírito" do autoritarismo. É preciso, pois, ter muito cuidado e atenção. O esnobismo de alguns participantes que dizem defender "causa" ou "movimento X" está sendo dissecado aqui fora por um público que poderia estar sendo bem informado sobre esses temas, mas lhe foram disponibilizados na grande mídia - e isso é um debate importante sim, sabemos - péssimos representantes de tais "ideias" ou "movimentos".


Esses dias assisti a uma "mini-Live" feita pela filósofa e escritora negra Djamila Ribeiro cujo título é "racismo e açoite midiático". Em uma fala sensatíssima, Djamila apresentou coisas cruciais como, por exemplo, a cobrança excessiva que é feita pelo público ou por "militantes de sofá" para que pessoas mais conhecidas - intelectuais ou "influencers" - como ela se pronunciem e produzam um discurso a respeito dos fatos cuja atenção tem se tornado desmedida e cuja hermenêutica encontra-se em disputa aberta. "Por que é que não cobram de um militante branco a respeito da postura de Fiuk? Ou de Bolsonaro? Por que eu vou ter que responder por outra pessoa preta?", pergunta ela.


Realmente, está mais do que na hora de se responsabilizar os indivíduos que cometeram a falta e não tentar imputar isso a toda uma construção honesta feita por outras pessoas que deram e dão o seu sangue e suas vidas para ter os poucos direitos que ainda possuem.


Tal como a Djamila, nunca me interessei pelo BBB (na verdade, assisti boa parte da primeira e da segunda edições, mais por curiosidade do que era aquilo mesmo: ainda era um formato novo na grande mídia nacional). E com isso não quero falar como se estivesse afirmando um ponto de vista elitista ou de superioridade qualquer. Não é esse o caso. É mais por entender como esse programa funciona - com todos os seus gatilhos - e como ele consegue mobilizar e manipular os espectadores que sempre preferi investir o meu tempo e atenção em outras coisas.


Não irei entrar em debates mais teóricos sobre como existe a criação de narrativas e ficções dentro do "reality", que a realidade é também moldada por editores que selecionam o que o grande público (não-pagante) pode ver. E como que o voyerismo da espetacularização do banal prejudica muito de nossas capacidades críticas e produtivas de ação efetiva.


Outro dos pontos que ela citou na Live versa a respeito das novas gerações de "militantes", que acabam mesmo renegando toda a contribuição e fatos históricos ligados às gerações e movimentos precedentes para fazer o seu ego brilhar na esteira do carreirismo epistêmico. Como se recusar aprender com os outros fosse desmerecer ou empalidecer o próprio esforço e construção pessoal - esquecendo que o aprendizado sempre foi coletivo. Uma real apropriação do neoliberalismo - à direita e à esquerda - da potência emancipadora do despertar social e individual.


O objetivo dessa militância narcisista, umbiguista, nunca foi realmente "quebrar o sistema", mas sim integrar-se a ele por meio da validação eletrônica de likes e da absorção algoritmica de seus discursos, memes e postagens. Aquela coisa: se estou faturando, o que importa mudar a realidade e a história? O "deem-me views, deem-me likes" tão freneticamente buscado chegou ao ponto de obscurecer e desviar o foco das lutas históricas reais em que a sobrevivência de coletivos inteiros - e seus direitos básicos e sua dignidade social e política - perecem.

O mais irrevogável dos "cancelamentos" está sendo operado todo dia pela pandemia que já matou mais de 220.000 brasileiros. Foto: Reprodução


O que me surpreende, ainda, é: como que uma geração com tamanho acesso, facilidade comunicativa, tantas barreiras quebradas e caminhos abertos (e que muitos não conseguem enxergar que à custo de muitas lutas, sangue, derrotas e vitórias dos que vieram antes deles), tão potente e "socialmente desperta" tem tanta propensão a permanecer alienada em nichos tão pequenos e incapazes de se comunicarem para superar uma terrível página da história que é esse novo fascismo em meio de uma pandemia que tem levado embora tantas famílias, grupos e indivíduos já fragilizados?


Como que eles não conseguem entender que diferenças sempre irão existir entre indivíduos (mesmo entre os que compõem um mesmo grupo ou coletivo) e que esse excesso de polêmicas de segregação e vigilância constante tem, cada vez mais, fortalecido o coturno que esmaga a cada um de nós?


Como que as pessoas - teoricamente tão inteligentes - ainda conseguem se deslumbrar e se deixar levar pela excesso de fabricação dentro de um programa como o BBB em pleno despertar da tal "massa crítica"? Por que não simplesmente desligar todas as "televisões" - ou mudar a porra de canal! - e deixar os donos do espetáculo perder essa fonte segura de grana e conforto gerado a partir desse desconforto vendido como "entretenimento"? Por que continuar dando audiência a esse contínuo massacre?


Minha resposta poderá soar "polêmica", mas necessita ser dita e esclarecida: é porque também existem níveis de fascismo entranhados nessas pessoas, em cada um de nós. E também uma tendência "mórbida" a certos entretenimentos em que vemos outros sofrerem enquanto estamos seguros em nossos sofás ou camas. Pessoas que não apresentam a mínima disposição para dialogar, aprender, reconhecer um "outro" fora dele mesmo - e entender que nem tudo se trata de nosso próprio "ego", que a vivência do outro não invalida a sua e, portanto, você não precisa invalidá-la - pois já se acham "fodonas", "empoderadas", "sábias" e "autossuficientes" demais podem facilmente escorregar para uma afirmação de si sobre todos os demais numa direção tendente ao fascismo e ao autoritarismo.


E aqui não é uma crítica a uma pessoa X, ou a um participante Y do BBB 21: é algo que acontece à todo tempo em nossa sociedade, em todo lugar.


E a questão, agora, nem é mais "quem é que vai cancelar os canceladores?", o que poderá soar bastante reacionário, de determinado ponto de vista (e não queremos que a Direita suba em nossos ombros, né?).


Claro, precisamos sim de um "tratamento de choque" baseado em muito diálogo, bastante escuta e vontade de aprendizado. A olharmos uns na cara dos outros e nos colocarmos na postura de aprendizes uns com os outros. Caso contrário, estaremos cavando nossa própria cova enquanto sociedade e enquanto lutadores em busca de uma maior emancipação.


A questão aqui é - como bem disse a Djamila em sua Live supracitada, parafraseando-a: Quero ver quem é que vai cancelar o Bolsonaro e o Mourão! Quero ver quem é que vai cancelar os planos do Paulo Guedes de quebrar o país e foder com a população para o bem/lucro maior dos Bancos e do Mercado! Quero ver quem é que vai se mobilizar para cancelar o Presidente da Câmara Arthur Lira e o Centrão! Quero ver quem é que vai cancelar a Nova Era Medieval cibernética que atravessamos onde o público se regozija com a execução pública de seus próprios irmãos e irmãs. Com a derrota de alguém que saiu das mesmas fileiras que você.


Quem é que vai cancelar os milionários e bilionários sonegadores de impostos e evasores de divisas, apoiadores de fake news e de milícias que tem tomado cada vez mais poder para si mesmos?


Quem é que vai cancelar os pastores ricos televisivos que vendem "a redenção de Deus" no além enquanto enchem os bolsos com as contribuições dos fiéis que morrem nas ruas e nas filas da caridade pública e da assistência social?


Quem que irá cancelar o Boni, a Globo e o BBB como parte da história da passividade contemporânea e das pautas "cortina de fumaça" que encobrem os reais e necessários desafios de nosso tempo presente? Sim, há temas e debates dentro lá dentro do programa que refletem preocupações reais, mas quando a coisa foge do controle e cria esse efeito de bolha inflada, tomando todos os espaços do debate público e da crítica, criam-se chances para os oportunistas profissionais da política articularem golpes na surdina... - adivinhem, é o que já está acontecendo!


Sei que, na altura do que tenho vivido, posso estar me arriscando aqui a mais um "cancelamento" (mais um em minha lista. Check!). Mas, não posso simplesmente assistir passivamente o colapso mental tomar conta de todos os espaços que ainda poderiam ser habitados: seja na vida cotidiana, seja nas redes - virtuais - de contato com o mundo. Não dá pra aguentar mais essa besteirada toda, gente. Na moral.


Enquanto as pessoas se exaltam e se emocionam acompanhando "a casa mais assistida do Brasil" os escroques de Bolsonaro estão articulando reformas e acelerando o processo de compra e legalização de armas e munições que serão utilizadas por suas milícias e forças de segurança. O Estado Policial - teológico, neocolonial e necropolítico - se torna cada vez mais concreto.

Enquanto as pessoas se preocupam em fazer campanha para tirar Fulano ou Sicrana da "Casa", os Bolsonaros soterram os processos contra eles, blindam-se ainda mais, se apropriam do sistema de inteligência nacional, promovem farras com o dinheiro público (já esqueceram dos R$ 15 mil em leite condensado com o cartão corporativo? - e a derrubada do Portal da Transparência?), aglomerações (a festa "privada" de comemoração da eleição de Lira, por exemplo), agressões a jornalistas e fortalecimento da censura...


E, claro, a campanha pública contra a vacinação, incluindo incidentes diplomáticos com os fabricantes dos insumos para as vacinas, a negação do Capetão Cloroquina de ter recomendado medicamentos ineficazes para "tratamento precoce" (com a retirada do ar de um aplicativo que recomendava Hidroxicloroquina para qualquer caso avaliado), a falta de um cronograma operacionalizável e o conluio com a morte coletiva que conta com ataque a médicos, incitação à invasão de hospitais e até a invenção do leito de hospital enquanto "câmara de asfixia" pelo bolsonarismo - o governo de BozzonarUbu de mãos dadas com a pandemia de Covid-19, best friends forever. Ai, que fofos, né?


Não se enganem, peoples - Bolsonaro e sua trupe de milicianos, sua gangue de operadores financeiros que saqueiam o país, desmatando a Amazônia, fortalecendo o agronegócio e a monocultura, retirando empresas, direitos, condições mínimas de saúde mental (quem é que não anda fuckin' pirado, desesperançado e com raiva nesse tempos? hã?), sanitária e decência política, alegria e prazer de viver - eles já estão nos cancelando sistematicamente... e há muito tempo!


A verdade é que o Cancelamento é velho pra caralho - como se diz no Nordeste, é "mais véi que a fome": Deus cancelou Adão e Eva do Paraíso. E por aqui - na nossa "descoberta" - os Europeus portugueses, cristãos seguidores de Jesus Cristo e da Santa Fé, promoveram um cancelamento sanguinário de indígenas que foi chamado, por eles, de "Colonização".


Outra verdade também - antes que me esqueça! (para lembrar o poema do querido poeta Roberto Bicelli) - um pouco inconveniente para os tais "canceladores": a tentativa feita contra Tom Zé não diminuiu sequer um grau do brilhantismo de sua obra.


Com uma arma tão potente - como o "cancelamento" e o poder de mobilização e articulação consciente que a internet e as redes sociais nos disponibiliza -, a geração atual prefere se fechar em sua bolha de ódio e cancelamento a personagens de um "jogo" - e que refletem muito de seus obscuros desejos e expectativas - a enxergar o verdadeiro jogo que importa: o jogo em que bilhares e bilhares de vidas estão apostadas (inclusa a deles próprios).


E que já se encontram perdendo, em aberta desvantagem.

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