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M de “Mito”? Não, M de Mentiroso!

Provokeativa


Bolsonaro mente sistemática, descarada e compulsivamente – aquela mentira que vem junto ao riso de escárnio, a mentira do ciníco profissionalizado na política. Não aquele cínico dos tempos antigos da Grécia, bem representado em filósofos como Diógenes de Sínope e seu mestre Antístenes, audazes e indomáveis buscadores da verdade – deles sentimos muita falta!

Bolsonaro gargalha, bate na mesa e faz o gesto da arminha, pois sabe que ele é apenas um bufão apoiado por boçais e uma parcela de gente ludibriada.

Não, ele não é apenas um mero prisioneiro de uma crença limitante. Ele é o agente ativo de um mentira que tem ajudado o vírus a se propagar, a adquirir novas formas e variantes perigosas, a colocar as vidas dos cidadãos brasileiros e de fora do país em risco.


O pintor espanhol Pablo Picasso tinha dito certa vez que “a arte é uma mentira que nos ajuda a compreender a verdade“, e ele tinha muita razão. A mentira e certa “empáfia” em alguns artistas têm seu lado lúdico, ou seja, são inofensivas (embora em alguns casos possam, sim, ser agressivas), no entanto, enquanto transformadas em método e ofício em determinados setores institucionais – ou órgãos de “credibilidade” – como o Estado e a política, por exemplo, possuem perigosas ressonâncias e podem mesmo ser diretamente responsáveis pelo destino mortal de milhares de pessoas inocentes.

Jair Bolsonaro vai continuar mentindo e enganando a todos mesmo quando diz o que todos querem ouvir sair da boca de um líder responsável.

Mas, não nos enganemos, é só isso o que vai acontecer mesmo – Bolsonaro dissocia totalmente a performance do discurso oficial voltado ao público de suas práticas oficiais e suas práticas cotidianas. Todos os traços de um psicopata narcisista perigoso e autoritário se encontram nos discursos e gestos de Seu Jair.


Aliás, não é de hoje que ele sinaliza que "governar numa democracia é impossível". Não é de hoje que ele deseja se desembaraçar de qualquer equilíbrio entre os três poderes e angariar para si a centralidade decisiva que ele exerceria de forma tirânica, exclusiva e prepotente.

Bolsonaro mente mesmo e apesar de vivermos num tempo em que as imagens, vídeos e gravações (oficiais ou não) estão constantemente presentes e rodam o globo (que até um dia desses – antes do seu adversário frisar com veemência que “a Terra é redonda” – para ele era “plano”) chegando direto pelo celular das pessoas comuns.

Ele se desdiz na mesma velocidade com que continuamente continua cagando e andando em público para todos os problemas e crises da nação.


E não se trata apenas de sua recusa ou celeridade com todos os procedimentos relativos à contenção da contaminação, do tratamento e do aumento e aceleração da vacinação contra o vírus – mas também a ostensiva propaganda de um Kit Covid com medicamentos ineficazes que tem levado à morte milhares de pessoas.

É de uma frieza e um sadismo imperdoáveis em alguém com tamanha responsabilidade. E também um comportamento recorrente, afinal de contas, em outros tempos ele mesmo batia na tecla de uma tal de “pílula contra o câncer” (quem lembra?) que nunca teve comprovação nenhuma de eficácia. Aliás, foi esse um dos seus “grandes feitos” em trinta anos de mamata nas tetas públicas e esquemas de peculato, quando dizia que “não era um político” e que fazia “a nova política”.

A falsa esperança do tal kit sempre teve como objetivo manter as pessoas submetidas ao jugo do trabalho de modo a sustentarem a posição de poder e privilégio social e econômico, com a imparável produção de riquezas e dividendos, a todos aqueles que auxiliaram Bolsonaro a usurpar o poder e as energias da nação.

Falei usurpar?

Sim, pois que Bolsonaro capitalizou e operou com o ódio e faturou imensamente com a desinformação e a mentira. Ao ponto de literalmente chegar onde chegou: na máxima posição de poder onde se vê e se crê no direito de defecar na cabeça de todo mundo e subtrair todas as nossas potências alegres. Bolsonaro não é apenas um entojo objetivamente, subjetivamente ele também é um opressor que tem impossibilitado o gozo de si das pessoas com todo esse acúmulo de problemas e barreiras que ele tem criado à felicidade. Universalizando assim, ainda mais, essa sensação que temos no dia-a-dia de constante fadiga, letargia, impotência e mal-estar.

Não existe democracia real onde as Fake News e a pós-Verdade têm erigido seu império simbólico, cognitivo e desinformativo – e aqui os tolos e ignorantes se acham no direito de peitar gente que se aprofunda em pesquisas, estudos e desenvolve seriamente os saberes. E é também aqui que a conspiração e o revisionismo se articulam operando uma mudança quase perfeita de paradigma em uma guerra cultural que os ressentidos procuram levar a cabo em prol do total domínio das subjetividades com base em novos acordos mentirosos.

***

(O artigo ainda não terminou. Deseja lê-lo na íntegra? Só acessar aqui: https://www.provokeativa.com/2021/03/16/anatomia-de-um-genocidio-programado/)


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Ikaro Max

Editor e autor no blog ProvokeATIVA



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