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  • Foto do escritorLays Vieira

Mais um capítulo na política genocida de Israel contra o povo palestino

Internacional

Israel tem ganhado destaque pelo seu programa de vacinação, considerado atualmente o melhor do mundo, mas a Palestina, cercada e ocupada ilegalmente, segue desamparada

Desde 2019 movimentos palestinos criticam a aproximação de Jair Bolsonaro à Israel. Foto: Mohammed Salem/Reuters/Reprodução


Uma vacinação eficiente, incentivo governamental a medidas de segurança e as três quarentenas ao longo da pandemia até aqui, fizeram os índices de internação e mortes despencarem em Israel. Considerado um caso de sucesso contra a Covid-19, Israel esconde a real face da política genocida que aplica a décadas sob o povo palestino. Faixa de Gaza e Cisjordânia são territórios palestinos ocupados por Israel (que controla 62% dos territórios palestinos), onde vivem mais de cinco milhões de pessoas, ou seja, Israel é uma potência de ocupação nesse território.


Dentro dessa lógica, de acordo com o Artigo 56 da Quarta Convenção de Genebra, uma potência ocupante deve se esforçar ao máximo para manter os serviços de saúde nos territórios ocupados, o que inclui o enfrentamento a pandemias. Mas, na prática, a história é outra.


Israel possui cerca de 14 milhões de doses, mas enviou até agora apenas duas mil doses e prometeu mandar mais três mil. Ao mesmo tempo já despacha imunizantes (da Moderna) para outros países, como a Guatemala, que, coincidentemente (ou não) apoia as pretensões israelenses sobre Jerusalém (reivindicada por Israel e pelos palestinos como capital).


Segundo Mustafa Barghouti, dirigente partidário da Iniciativa Nacional Palestina e membro do Conselho Legislativo, em entrevista exclusiva ao site Brasil de Fato, publicada na semana passada, afirmou que: “a limpeza étnica é uma política oficial e uma prática comum de Israel. Eles estão tentando fazer essa limpeza na Cisjordânia para que possam anexá-la a Israel”.


Ainda segundo ele, as doses cedidas à Autoridade Nacional Palestina só foram disponibilizadas em resposta à repercussão internacional, a exemplo de pedidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). E também denuncia que milhares de vacinas próximas ao vencimento estão sendo descartadas ao invés de serem entregues aos palestinos.


Por outro lado, o governo de Israel tenta se defender afirmando que os Acordos de Oslo, assinados por israelenses e palestinos em 1993, criaram a Autoridade Palestina e estabeleceram que o órgão assumiria a responsabilidade pelos cuidados de saúde de sua população. Entretanto, com a intervenção israelense (apoiada por potencias como os EUA – de Trump ou de Biden), a Autoridade Nacional Palestina tem ingerência em apenas 38% dos territórios.


Enquanto isso, o povo palestino tenta outras fontes. Já receberam doações dos Emirados Árabes, estão tentando negociações com a Rússia para a obtenção de mais doses da Sputinik V e a Autoridade Nacional Palestina aguarda o envio de 200 mil vacinas da Covax Facility, consórcio internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o fornecimento de imunizantes contra a covid-19 para países pobres e em desenvolvimento.



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