Lee Aguiar
Viver é melhor que sonhar
Doce Viagem

Barca sentido Niterói, setembro de 2020. Foto: J.Lee
Caros leitores,
No reflexo da morte cotidiana percebo que temos muito a desvendar. Apesar de querer escrever palavras sólidas, me sinto na necessidade de datilografar em linhas poeticamente tortas da confusa reflexão humana. Tentarei o equilíbrio.
A Terra está sobre uma grande lua cheia em touro, potente e visceral. O curioso é a que a sincronicidade está nos obrigando a encarar as falhas - nem tão sutis assim - do nosso sistema coletivo, e não poderia ser diferente, Touro nos leva as raízes.
Amanhã (3) será um dia muito intenso, e já lhes digo: preparem-se. Falo como bruxa que sou, mulher selvática e sensível, já me sinto sufocada há vidas inteiras que se foram com o tempo. A eleição no hemisfério norte trará grandes reviravoltas e todo mundo já percebe isso com clareza.
É válido observar - já que essa coluna vive em um jornal - os veículos de comunicação norte-americanos. Sempre gosto de frisar que jornalismo não é isento de opinião, o grande problema é que o jornalismo tradicional tem a sinistra tendência de esconder que sim. Aí vira aquela coisa horrorosa né, "Bolsonaro se defende em discurso na ONU" ou pior, "é uma escolha difícil" - lembram dessa? Nas eleições de 2018? Pois é.
Pelas bandas de lá, temos capas de grandes jornais como o The Economist defendendo claramente uma posição ideológica. "Porque tem que ser Biden" estampa a capa da edição de novembro da revista, no editorial o veículo frisa que "Donal Trump profanou os valores que fazem da América um farol para o mundo". Curioso não?
Em terras tupiniquins temos desastrosas tentativas de campanhas pela democracia, como a da Folha de S.Paulo pedindo para seus leitores usarem amarelo pela democracia. É risório, inclusive - para não dizer irônico.
Não cito jornais americanos por vontade de exaltar a imprensa de lá, muito pelo contrário, no país do capitalismo a imprensa é sólida e primordialmente consciente de que não existe jornalismo isento de opinião. Devemos aprender com eles, pelo menos nesse aspecto. Afinal, nossa imprensa é muito recente e nossa frágil democracia só tem 30 e poucos anos, é foda.
Dito isso, venho aqui relembrar que nós, do Jornal Metamorfose, somos o único veículo de comunicação que está angariando uma campanha PÚBLICA - é importante frisar isso - contra a censura. Assim como a capa do The Economist que viralizou nas redes na tarde de domingo, queremos fazer uma edição impressa que marque a história da imprensa brasileira. Precisamos urgentemente nos posicionar contra esse governo fascista e totalmente distópico que assola esse país múltiplo que é o Brasil.
Para isso, precisamos de você queride leitor. Ajude a campanha, receba um exemplar no conforto do seu lar, doe exemplares para bibliotecas públicas e espaços culturais na periferia. Você encontra todas as informações em: benfeitoria.com/jmcontraacensura
Até segunda que vem.
Com esperança,
Lee Aguiar.